Porque sendo eu, produto de mim, tenho que me vender a todo momento. Uma atriz da vida, da história. A minha história. Que pode ser contada de diversas maneiras, em diversos encontros. Comigo, com pessoas diferentes, ou objetos de estímulo diferentes. Sou a parte de um todo que eu mesma escolhi. Nas entrelinhas das estrofes e versos que escrevi. Sou uma, e sou tantas. Como qualquer indivíduo, ou talvez mais. Sou a loucura e a doçura de cada um. Por isso provoco. Porque quero conhecer. Ir mais fundo no meu/seu ser. Mergulhada em sonhos latentes (que latem pra mim!) no meu pedaço de universo. Sempre com a possibilidade do bom, ou ruim. Só depende da intenção. E nessa hora é que meus pensamentos me levam à aquilo que no fundo eu sou. Uma otimista maluca vivendo em tempos de desafeto. Onde ninguém pretende se entender. Onde todas as energias se organizam para a combustão do ódio. E eu vejo medo nos olhos. A falta de amor. Eu tenho a mim, meu amor. A fortaleza enfincada na pedra. Cada vez mais conectada ao magnetismo central. Explorando todas as possibilidades de beleza que a vida oferece. Obedecendo ao movimento natural do universo que sempre leva e traz. Como o mar. Dexar-se levar? Esperar voltar? O tempo e o desapego nos ensinam que nada nunca se perde. Algo sempre fica. Em sua grande maioria, os bons momentos. Porque é a eles que recorremos nos momentos de cólera. Bons sentimentos, boas ações...
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