segunda-feira, 24 de maio de 2010

a moça criativa

ela tem sempre uma idéia nova. parece uma antena do subconsciente coletivo. entende o ser humano de uma forma muito particular, por isso mesmo consegue traduzi-lo em idéias e atitudes pouco convencionais. sente-se livre para experimentar, agir, reagir, e interagir com a humanidade sem culpa. acredita que tem algo a fazer. é diferente. tem que fazer a diferença.
é muito solícita, compreensiva e como já citado, tem sempre boas idéias para ajudar a compreender e amenizar a dor de ser humano. no entanto falta-lhe bravura.

no pequeno mundo em que vive é capaz de transformar, mas quando chega o momento de fazer a real diferença e gritar mais alto, ela se cala. não se sustenta. tem medo da rejeição.

porque das dores que já sentiu na vida, essa foi a pior. mais dolorosa do que pedras nos rins. não querer senti-la novamente é o preço que ela paga. ela ainda tenta se enganar acreditando que uma pequena mudança vai fazê-la feliz, mas quando deita na cama sempre sente aquela angústia de não ter feito o suficiente. impossível não lamentar mais 24 horas perdidas no campo das idéias. ela quer uma grande mudança, uma verdadeira realização. cansou da idéia. quer algo que no fim do dia tenha valido a pena.

ela vive para o gesto. sem ele não seria nada. e sua alma? esta está exposta nas janelas que seus olhos abrem para o mundo. não quer nada além de sorrisos, mesmo que tenha que chorar sozinha e no escuro depois.

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